Um estudo recente, Social Camouflaging in Females with Autism Spectrum Disorder: A Systematic Review (link), examinou de perto o fenômeno da camuflagem em mulheres com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, conduzida com base nas diretrizes do PRISMA, revisou minuciosamente artigos empíricos publicados no período de janeiro de 2009 a setembro de 2019, obtidos de bancos de dados acadêmicos, incluindo PubMed, Web of Science, PsychInfo e Scopus.
Os resultados revelaram que a camuflagem parece ser um mecanismo adaptativo para mulheres com TEA. No entanto, essa estratégia não está isenta de implicações negativas em suas vidas cotidianas. Mulheres com TEA relataram níveis significativamente mais altos de camuflagem em comparação com seus colegas do sexo masculino com TEA, sugerindo que as mulheres podem estar mais propensas a adotar essas estratégias para se adaptar socialmente.
Além disso, o relatório considerou a identidade de gênero e o momento do diagnóstico como fatores relevantes. Indivíduos com identidades de gênero diversas relataram níveis elevados de camuflagem, especificamente na subescala de Compensação. Da mesma forma, aqueles diagnosticados na idade adulta demonstraram níveis mais elevados de assimilação e compensação em comparação com aqueles diagnosticados na infância ou adolescência.
Essas descobertas têm implicações importantes para a prática clínica e o diagnóstico de adolescentes e adultos com TEA. Em última análise, esse estudo nos ajuda a compreender melhor como as mulheres com TEA desenvolvem estratégias de camuflagem e como isso impacta suas vidas.
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